domingo, 18 de dezembro de 2011

Qual deveria ser o conceito de marketing desses caras?

No dia seguinte, realmente eu acordei achando que tudo aquilo era não um sonho, mas superficial, que eu não conseguiria repetir as mesmas coisas que havia feito no dia anterior.

A primeira reunião do dia foi em um restaurante, em uma praia, lá por volta das 10:30 da manhã, começamos a conversar sobre a próxima etapa do treinamento, que depois de você aprender a dominar as suas praias, deveria começar a se utilizar dos ganchos que a outra pessoa o desse ou mesmo o ambiente.

Esse exercício começava de maneira bem constrangedora e divertida, pois você é forçado a imaginar que seu outro colega de treinamento como uma mulher, e iniciar uma conversa com ‘’ela’’.

Todo o segredo estava no fato de você olhar para a outra pessoa e tentar imaginar o que ela é, o que faz da vida, de acordo com os seus gestos, sua forma até mesmo de mover as mãos definem muito quem você é. Achava incrível nesses treinamentos a capacidade como os instrutores criavam cenários tanto reais quanto fantasiosos de maneira tão rápida e espontânea.

Outra questão, quanto a cenários, que tive muita dificuldade no inicio, foi colocar emoção em minhas histórias, até que em uma delas o instrutor fez com que eu parasse, para tentar entender o motivo de estar sendo tão frio, e faltando o que eles chamavam de PUNCH.

A história que eu estava retratando era de quando eu havia ganho a minha primeira medalha de natação, e o que para ele não fazia sentido era o fato de não estar  passando  qualquer sentimento. Nesse momento ele tentou entender o motivo e acabei entrando em um assunto que não estava muito disposto a entrar...

Aquela medalha para mim era um evento muito importante, eu havia treinado muito, só que não havia ninguém para me prestigiar, e isso eu lembro que me fez mal. Nesse momento o instrutor fez um exercício, para que eu fechasse os meus olhos e voltasse no tempo, relaxasse  e pedisse para a pessoa mais importante parabenizasse aquela criança, como se eu fosse aquela pessoa.

O mais difícil para mim no exercício, foi que nesse momento, eu respondi que eu não via uma pessoa para me falar isso, fiquei com os olhos fechados, exausto, mas não conseguia imaginar ninguém que pudesse me satisfazer para aquele momento... E então ele falou, então volte você no tempo e se parabenize pelo que você fez, o que você faria para você mesmo? Ai eu soube responder bem a essa pergunta.

Sabe parece uma história boba, mas isso tem sido um divisor de águas para mim, sempre achei que deveria ter alguém para seguir, ou uma pessoa para me apoiar, e na verdade nunca havia dado valor que eu sempre fui dono do meu próprio caminho....

Bom, mas mudando de assunto, ai a reunião acabou, e marcamos de nos encontrar em uma boate no centro da cidade as 23:00, e incrível que eles vendem um curso apenas de sedução... 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Me livrando das algemas do mundo

Nesse último final de semana resolvi participar de um workshop, que na minha cabeça oferecia algo como os serviços daquele filme: Hicht , o conselheiro amoroso.



Na verdade nem eu sabia muito bem qual era o meu objetivo quando me inscrevi. Apenas tinha feito porque estava de férias, apesar de não acreditava muito que alguma coisa fosse dar certo comigo em tão pouco tempo, pois já havia feito muitos processos de terapia e nada havia surtido efeito quanto a eu ficar tranqüilo em uma night e chegar em qualquer mulher...

Logo na primeira noite voltei a ter alguns dos meus velhos problemas: Estava suando muito. Pois para ser sincero eu já não mais combatia o medo de tentar ir falar com uma mulher, eu simplesmente só o faria se fosse uma amiga, ou até um milagre.....

Na entrada da boate, encontrei o instrutor com sua equipe e eles me levaram a parte de tras da boate que tinha um local para ficarmos sentados conversando, o objetivo era que eu relaxasse, e também começasse a acreditar pela primeira vez que o processo de sedução não exigia um talento nato mas sim muita pratica e determinação.

Durante o processo do primeiro dia eles ajudaram a valorizar as minhas ''praias'', para quando eu fosse conversar com uma outra pessoa eu tivesse naturalmente na cabeça essas praias e tendesse a conversa para um assunto em que eu dominasse e  pudesse manter a conversa sempre fluindo naturalmente sob meu controle.

Passada uma hora de encorajamento, saí com o instrutor para começar minha primeira campanha... Que foi assim:

-    E aí, você vai ficar parado olhando e não vai chegar nela?

-    Ueh... Você está pensando que falaram meia dúzia de coisa ali na mesa e eu mudei da água para o vinho?? (risos)

-    (Risos) Bom... Mas o que vc está pensando sobre ela?

-    Como assim?

-    É cara! O que vc está pensando sobre ela...?

-    Nada.... Que quero falar com ela...

-    Não, cara... Não é possível que você não esteja pensando nada. Alguma coisa você tem que estar pensando.

-    Não. Juro não estou pensando nada.....

-    Cara, é impossível alguém olhar para aquele mulher e não pensar nada.

-    OK. Acho os peitos dela lindos.

-    Pronto (rindo). Você está pensando errado. Você tem que pensar no que a mulher gosta de fazer... No que a mulher é. Se você ficar olhando para a mulher como um selfservice, não vai adiantar... Você só vai ser mais um.

-    OK.

-    Vamos tentar novamente. O que você está pensando sobre ela agora...?

-    Bom, ela me parece ser carinhosa, engraçada e...... É, não vem mais absolutamente nada na minha cabeça.

-    É normal, você está começando. Ela realmente parece ser carinhosa, curtir um uma praia (pela forma de se vestir). Vá lá falar com ela.

-    É... Paciência. O que tenho a perder? Vou lá!


Essa foi a primeira mulher em que conversei, e apesar da conversa ter sido super agradável, não deu em nada. Nessa noite, o instrutor me instigava a chegar em muitas mulheres, e é incrivel como ele vai te corrigindo erro após erro. No meu caso, minha linguagem corporal, sou uma pessoa que olha nos olhos, e por isso sempre tentei iniciar uma conversa de frente para a pessoa. Esse foi talvez o meu maior engano. Isso intimida as pessoas e é absurdamente assustador ver como que você consegue mudar a receptividade da apenas pela forma com que transfere a energia do seu corpo para o ambiente! Nunca havia percebido como isso me afetava em tudo.

Ao final dessa noite, lá para as 3 da manhã, exaustos marcamos a próxima reunião as 10. E por incrivel que possa parecer, ainda estava empolgado para saber o que ia acontecer no dia seguinte pois parecia que a minha cabeça havia sido bombardeada com energia positiva.
Realmente para mim foi assustador... De um dia para o outro uma pessoa que não tinha a coragem de falar com ninguém conseguir ir e falar com várias pessoas em um bar... Foi libertadore ainda sem um copo de alcool!

P.S.: Versão Revisada H.